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Como Lewis Hamilton e a Mercedes Forjaram a Parceria de Maior ...

Como Lewis Hamilton e a Mercedes Forjaram a Parceria de Maior
Depois de impressionantes 84 vitórias, saiba os detalhes dos triunfos para um piloto em uma única equipe; ele é o maior . Leia na íntegra na Forbes Brasil.
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Hamilton, nas prévias do Grande Prêmio de F1 de Abu Dhabi, em 5 de dezembro

Lewis Hamilton encerrou  sua jornada com a Mercedes, colocando fim a uma das eras mais gloriosas que a Fórmula 1 já testemunhou. O fato ocorre neste domingo (8), quando ele foi o 4º colocado dirigindo o (44) Mercedes AMG Petronas F1 Team W15, durante o Grande Prêmio de F1 de Abu Dhabi,  no Circuito de Yas Marina nos Emirados Árabes Unido.

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O que começou como uma aposta arriscada em 2013 se transformou na parceria mais longa e bem-sucedida entre piloto e equipe na história do esporte. Juntos, conquistaram seis títulos mundiais de pilotos, oito campeonatos de construtores, 78 poles, 153 pódios e impressionantes 84 vitórias — o maior número de triunfos para um piloto com uma única equipe.

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Agora, após mais de uma década, o heptacampeão mundial deixa as Flechas de Prata para vestir o vermelho da Ferrari em 2025, dando mais um passo gigantesco antes de pendurar o capacete de vez.

A Aposta de Carreira de Lewis Hamilton

Hamilton fez uma jogada ousada ao decidir se separar da McLaren e ingressar na equipe Mercedes, que passava por dificuldades, para a temporada de 2013. Quando a notícia foi divulgada em setembro de 2012, ele já havia conquistado três vitórias com a McLaren, enquanto a Mercedes enfrentava uma fase complicada, passando por cinco corridas consecutivas sem marcar um único ponto.

A única vitória da equipe na temporada de 2012 veio por meio de Nico Rosberg, que garantiu sua primeira vitória na carreira e o primeiro triunfo da Mercedes desde 1955 — quando a equipe venceu seu último título de pilotos naquela época com o lendário Juan Manuel Fangio.

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Hamilton, no Grande Prêmio da Hungria, em Hungaroring, Budapeste, no dia 28 de julho de 2013

A notícia surpreendeu a todos, já que muitos acreditavam que a chance de Hamilton vencer novamente havia desaparecido, já que a Mercedes estava presa ao meio do pelotão enquanto a McLaren disputava o campeonato. Tendo conquistado seu primeiro título mundial com a McLaren em 2008, parecia lógico permanecer na equipe que tinha maiores chances de vencer.

Hamilton sabia que o sucesso após deixar a McLaren não era garantido, mas escolheu correr o risco, confiando completamente nas Flechas de Prata. “Eu sabia que, se não fizesse essa mudança, me arrependeria”, disse Hamilton, 10 anos após sua transferência para a Mercedes. “Não tive dúvidas… embora me lembre de estar sentado no frio, perto do Natal, olhando para as montanhas cobertas de neve e pensando: ‘Espero ter tomado a decisão certa.’” E, de fato, tomou. A Mercedes estava prestes a entrar em uma era de domínio, enquanto a McLaren se encaminhava para uma década de declínio.

O Primeiro Capítulo de uma Parceria Lendária

Em 2013, último ano da era dos motores V8 de 2,4 litros, a Mercedes começou a mostrar sinais de progresso — uma melhoria bem-vinda após terminar em quinto lugar com 142 pontos no ano anterior. De abril a agosto, a equipe conquistou a pole position em oito de nove corridas, mas conseguiu converter apenas três dessas poles em vitórias.

Rosberg venceu em Mônaco e Silverstone, enquanto a primeira vitória de Hamilton com a equipe finalmente veio na 10ª etapa da temporada. Na Hungria, o britânico celebrou sua 22ª vitória na carreira após uma largada brilhante da pole position. Ele mostrou ritmo forte durante toda a corrida, gerenciou bem seus pneus e fez ótimas ultrapassagens sobre Jenson Button e Mark Webber, vencendo com uma vantagem de 10,938 segundos sobre Kimi Raikkonen, da Lotus.

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Hamilton, no Campeonato Mundial após o Grande Prêmio de Abu Dhabi, no Circuito de Yas Marina, em 23 de novembro de 2014

Essa vitória fez da Mercedes a única equipe naquela temporada a vencer corridas com ambos os pilotos. Uma série de pódios entre Hamilton e Rosberg, além de várias chegadas entre os cinco primeiros, mais que dobrou a pontuação da equipe em relação a 2012, garantindo seu melhor resultado no campeonato até então: o segundo lugar, atrás da Red Bull.

Para Hamilton, não foi um começo ruim. Ele conseguiu uma vitória com um carro que não era totalmente confortável e terminou o ano em quarto lugar, à frente de Raikkonen e Rosberg.

O Início de uma Era Dominante

A temporada de 2014 marcou o início da era dos motores V6 turbo de 1,6 litro, permitindo à Mercedes se tornar uma força dominante com o melhor motor do grid. O forte desempenho do carro W05 nos testes de pré-temporada se confirmou na primeira corrida, indicando uma temporada de domínio pela frente.

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Hamilton no Grande Prêmio de Fórmula 1 dos Estados Unidos, em 25 de outubro de 2015 em Austin

A Mercedes também permitiu que seus pilotos competissem entre si, mantendo a disputa pelo título de pilotos até a última corrida, em Abu Dhabi. Na abertura da temporada, na Austrália, Rosberg conquistou a primeira vitória da equipe e assumiu a liderança do campeonato, enquanto Hamilton enfrentou um contratempo precoce e abandonou a corrida.

Hamilton respondeu na Malásia, vencendo a corrida por 17 segundos e conquistando seu primeiro Grand Chelem — pole position, volta mais rápida, vitória e liderança em todas as voltas. Após uma intensa batalha durante o ano, Hamilton venceu a última corrida em Abu Dhabi, somando 384 pontos e garantindo seu segundo título mundial. A Mercedes celebrou seu primeiro título de construtores com 296 pontos de vantagem sobre a Red Bull.

Lewis Hamilton: Heptacampeão Mundial

Com momentos inesquecíveis, como sua 100ª vitória na Rússia em 2021 e sua consagração como heptacampeão mundial em 2020, Hamilton consolidou seu lugar na história da F1.

Após uma jornada repleta de desafios e conquistas, a lenda da Mercedes se despede da equipe como um dos maiores nomes do esporte, sonhando alcançar um oitavo título mundial com a Ferrari.

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Após vencer seu quarto Campeonato Mundial de Pilotos de F1, no Grande Prêmio de Fórmula 1 do México, em 29 de outubro de 2017

A Última Dança de Lewis Hamilton com a Mercedes

Em fevereiro de 2024, Lewis Hamilton surpreendeu ao anunciar que se juntaria à Ferrari em 2025, descrevendo a mudança como a realização de um “sonho de infância”. Após uma seca de vitórias que durou quase três anos, desde a Arábia Saudita em 2021, Hamilton finalmente quebrou o jejum no Grande Prêmio da Grã-Bretanha de 2024. Em uma corrida marcada por condições climáticas desafiadoras, ele conquistou sua nona vitória em Silverstone — um recorde absoluto na história da F1.

Emocionado, Hamilton desabafou pelo rádio da equipe: “Significa muito conseguir essa vitória.” Ele descreveu a conquista como uma recompensa após anos de luta e desafios pessoais.

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Neste domingo 8/12, ele foi o 4º colocado no Grande Prêmio de F1 de Abu Dhabi no Circuito de Yas Marina

“Há tantos momentos em que sentimos que nosso melhor esforço não é suficiente… Tive momentos em que pensei que essa vitória nunca viria novamente.” O diretor da equipe, Toto Wolff, chamou a vitória de “quase um conto de fadas”.

Na última corrida de Hamilton pela Mercedes, em Abu Dhabi, ele largou em 16º e fez uma corrida espetacular para terminar em quarto lugar, encerrando sua lendária trajetória com a equipe. Agora, Hamilton parte para a Ferrari com um objetivo claro: buscar o oitavo título mundial que lhe escapou nos últimos anos e consolidar sua posição como o maior piloto de todos os tempos na Fórmula 1.

*Yara Elshebiny é colaboradora da Forbes EUA, jornalista especializada em esportes, com foco principal na Fórmula 1. Também administra sua própria plataforma de notícias de Fórmula 1, a F1District, que lançou em 2021.

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