Topics quentes fechar

Ministro da Defesa da Coreia do Sul pede desculpas, assume ...

Ministro da Defesa da Coreia do Sul pede desculpas assume
Kim Yong-hyun afirmou que apresentou nesta quarta (4) seu pedido de demissão ao presidente Yoon Suk Yeol após crise causada pela lei marcial. Medida provocou protestos em massa e críticas dentro do próprio governo, e foi revogada pelo Parlamento.
1 de 3 Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, durante pronunciamento em novembro de 2024. — Foto: Kim Hong-Ji/ Pool via AP

Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, durante pronunciamento em novembro de 2024. — Foto: Kim Hong-Ji/ Pool via AP

Yong-hyun disse também que ofereceu sua renúncia a Yeol. Como ele é um ministro, o chefe do Executivo precisa aprovar o pedido. O ministro também era alvo de pedidos de impeachment, assim como o presidente.

"Em primeiro lugar, lamento profundamente e assumo total responsabilidade pela confusão e preocupação causadas ao povo e relação à lei marcial emergencial. Assumi total responsabilidade por todos os assuntos relacionados à lei marcial e apresentei minha renúncia ao presidente", afirmou Kim em uma declaração enviada aos jornalistas.

Entre os que ofereceram a renúncia, estão Chung Jin-suk, chefe de gabinete presidencial; o conselheiro de Segurança Nacional, Shin Won-sik; e Sung Tae-yoon, chefe de gabinete para política, além de outros sete assessores do primeiro escalão do governo.

Yoon argumentou que queria "limpar" o país de aliados da Coreia do Norte e fez críticas à oposição. Segundo ele, forças "antiestado" estavam tentando paralisar as funções do governo e desestabilizar a ordem constitucional do país.

"Declaro lei marcial para proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas, para erradicar as desprezíveis forças antiestado pró-norte-coreanas que estão saqueando a liberdade e a felicidade do nosso povo, e para proteger a ordem constitucional livre", disse mais cedo.

Após anunciar que estava revogando a medida, Yoon afirmou que ordenou que as forças militares recuassem e voltou a criticar deputados opositores.

"Peço, entretanto, que a Assembleia Nacional interrompa imediatamente o comportamento ultrajante que está paralisando o funcionamento do país por meio de impeachments, manipulações legislativas e orçamentárias."

LEIA TAMBÉM:

Reação negativa

2 de 3 Deputados de oposição da Coreia do Sul votam para derrubar a lei marcial decretada pelo presidente — Foto: Yonhap via REUTERS

Deputados de oposição da Coreia do Sul votam para derrubar a lei marcial decretada pelo presidente — Foto: Yonhap via REUTERS

O decreto da lei pegou os sul-coreanos de surpresa e provocou uma série de reações negativas, inclusive dentro do próprio governo.

O acesso à Assembleia Nacional foi fechado após a imposição da lei marcial, e forças especiais da polícia foram enviadas para conter manifestantes. Ainda assim, deputados conseguiram entrar no plenário e fizeram uma sessão de emergência.

A lei marcial foi rejeitada por todos os 190 deputados que participaram da votação. De acordo com a legislação sul-coreana, o presidente deve revogar a medida imediatamente.

Cho Kuk, que é líder de um pequeno partido de oposição, afirmou que irá negociar com as outras legendas a votação de um impeachment contra o presidente. Kuk afirmou que Yoon se mostrou como uma ameaça à democracia e à Constituição.

Já o líder da oposição, Lee Jae-Myung, disse após a votação emergencial que a lei marcial é inválida e que, por isso, qualquer pessoa atuando sob essa medida estaria descumprindo a lei do país.

Enquanto isso, milhares de sul-coreanos foram às ruas para protestar contra a lei marcial. Alguns também pediram a prisão do presidente. Os manifestantes comemoraram assim que receberam a notícia de que a medida seria revogada.

Crise política

Presidente da Coreia do Sul decreta lei marcial; entenda o termo

Presidente da Coreia do Sul decreta lei marcial; entenda o termo

Yoon foi eleito presidente em maio de 2022, por uma margem inferior a 1%. Ele faz parte do Partido do Poder Popular, de direita.

Em abril deste ano, o Partido Democrata — de oposição — venceu com ampla vantagem as eleições legislativas. Com isso, a legenda ampliou o controle da Assembleia Nacional, conquistando mais de 170 das 300 cadeiras da Casa.

O resultado refletiu a baixa popularidade do presidente, que enfrenta desafios para reduzir o custo de vida e combater a possibilidade de uma crise demográfica por causa do baixo índice de natalidade.

Além disso, o atual governo se viu envolvido em acusações de corrupção. A primeira-dama, por exemplo, foi gravada recebendo como presente uma bolsa de luxo avaliada em quase R$ 11 mil. O valor ultrapassa o que é permitido pela lei.

Nos últimos meses, a oposição aprovou moções para investigar a primeira-dama. Todos os projetos acabaram sendo vetados pelo presidente.

Já na semana passada, o Partido Democrata rejeitou o orçamento do governo e avançou com um plano de revisão de gastos, cortando o equivalente a mais de R$ 17 bilhões. A medida irritou o gabinete presidencial, sendo que a porta-voz do governo chamou a ação de "tirania parlamentar".

Coreia do Norte

3 de 3 Coreia do Norte simulou uma batalha para testar equipamentos de guerra — Foto: KCNA via Reuters

Coreia do Norte simulou uma batalha para testar equipamentos de guerra — Foto: KCNA via Reuters

A medida também vem em um momento de escalada de tensões sem precedentes na última década entre as duas Coreias, que tecnicamente ainda estão em guerra.

Só no último ano, a relação entre os dois países foi marcada por ameaças, rompimento de um acordo de não agressão, testes com mísseis balísticos internacionais, lançamento de foguetes em área de fronteira e até o despejo de balões transportando sacos com itens de lixo.

Com a piora nas relações, os Estados Unidos firmaram uma parceria com a Coreia do Sul, o que resultou em vários exercícios militares conjuntos.

No início de 2024, Kim Jong-un ordenou que seu Exército se prepare para uma possível guerra. Ele também afirmou que passou a ver a Coreia do Sul como um Estado inimigo.

Em junho, Rússia e Coreia do Norte assinaram um acordo de ajuda mútua que resgata relações semelhantes que os países tinham durante a Guerra Fria.

Webstories
Notícias semelhantes
Arquivo de Notícias
  • MegaSena 2459
    Mega-Sena 2459
    Resultado da Mega Sena 2459, hoje, quarta-feira, dia 2 de março (02/03)
    2 Mar 2022
    6
  • Caso Renan
    Caso Renan
    Caso Renan: Em vídeo, falso entregador dá detalhes do crime
    30 Abril 2022
    1
  • Cookie
    Cookie
    O que são cookies e para que servem?
    9 Junho 2024
    4
  • Pele
    Pele
    Papa: Pelé manifestou as características positivas da prática esportiva
    21 Junho 2024
    22