Especialista analisa tragédia em Ubatuba: 'Forçou pouso em pista ...
O que posso dizer é que o pouso em Ubatuba é essencialmente feito por aeronaves com motores turbo-hélices. O Cessna 521 é uma aeronave a jato. E a pista lá são 900 metros de pista, mas pra quem pousa no sentido da praia, pra dentro. Quem pousa no sentido oposto, ela tem uma restrição, tem uma cabeceira deslocada, que se encontra nas fichas de observação, e os pilotos sabem disso.
Então, quando ele fez a curva pra pousar na praia, ele tinha 300 metros a menos de pista. Então nós estamos falando de uma aeronave Cessna, modelo 521, que tinha que pousar nesses 600 metros. É óbvio aqui que eu não tenho condições nesse momento de avaliar o peso da aeronave, situação do vento.
Mas, sim, as nossas câmeras de vigilância do CCO demonstram que a pista estava molhada. Então as condições meteorológicas daquele momento estavam bastante degradadas. Quem opera naquela região sabe que tem que ter certos cuidados, principalmente na serra [havia neblina cobrindo a serra no momento do acidente].
Então, sim, na nossa humilde opinião foi um pouso de risco é um pouso de muito risco nesse momento [...] Sai de Goiás, conversa com os órgãos de área, entra na Terminal de São Paulo sob controle, e a parte final, para pouso no aeródromo, aí a decisão final cabe ao piloto em comando, que era o caso.Marcel Moure, CEO da Rede Voa
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